[Especial de começo de ano] Editora Companhia das Letras - As melhores resenhas de 2018 que passaram pelo Overdose!
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Resenha: A garota na teia de Aranha - Série Millennium #4 - David Lagercrantz
Classificação: 5/5 ♥ Favorito
Editora: Companhia Das Letras
''Mas acima de tudo Lisbeth sorriu porque Mikael Blomkvist tinha mais uma vez acabado no mesmo lugar que ela, e mesmo que algumas vezes ela tivesse pensado em simplesmente fechar o programa e ir para a cama, respondeu:
A inteligencia de Balder não tem nada de artificial. Por falar nisso, como vai a sua?
E, Blomkvist, o que vai acontecer se criarmos uma máquina mais inteligente do que nós?''
Assassinato. Violência contra a mulher. Politica. Religião. Jornalismo investigativo. Tecnologia digital.
O que define uma boa história para você? Seria um bom enredo? Uma história que seja instigante, curiosa, bem desenvolvida? Que faça você virar a noite lendo e esquecer do mundo lá fora? Seria os ótimos personagens? Aqueles que de tão bons e completos é difícil traçar seus perfis? Ou uma boa história seria aquela que desperta seus sentidos? Seus sensos morais e éticos? Seria aquela A melhor história... aquela que te faz pensar? Quebrar a cabeça e mergulhar junto? Bem... como leitora a perfeição é essa tão completa junção, essa tão completa mistura que te leva a não querer nem piscar para não perder nenhuma rica palavra!
A Garota na teia de Aranha é um livro ÓTIMO! Confesso que estava com medo. Estava com medo de inconscientemente comparar os livros de Stieg Larsson e David Lagercrantz, estava com medo de encontrar uma Lisbeth Salander e um Mikael Blomkvist mudados, estava com medo da perda da essência dos personagens. Para meu alivio, esses medos foram infundados! Encontrei uma tremenda história, com conteúdo, muita critica, uma riqueza imensa nos pequenos detalhes e encontrei também lá, meus queridos e admirados personagens.
''Lisbeth nossa grande ''mocinha'' protagonista não tem como não ser um grande e polêmico destaque, essa menina de 24 anos me tirou as palavras e o fôlego em diversos momentos da leitura, dizer que ela é uma personagem forte é até um pecado, essa mulher é um tremendo exército inteiro em seu um metro e meio de altura.''
Começamos toda a trama com Mikael e a revista Millennium novamente em crise, temos novos sócios na parada, lutamos contra a perda de valores e estilo da revista, Mikael tendo uma disputa com a nova era digital e o que é ''escrever de verdade'' atualmente.
Então, no começo desse inicio turbulento Mikael recebe um telefonema de um novo informante, um caso envolvendo a participação de uma hacker profissional. Ele acredita que pode ser Lisbeth, a garota a qual não vê a muito tempo. Onde estará Lisbeth? E qual a confusão que nossa vingadora se meteu agora?
A inteligencia de Balder não tem nada de artificial. Por falar nisso, como vai a sua?
E, Blomkvist, o que vai acontecer se criarmos uma máquina mais inteligente do que nós?''
Assassinato. Violência contra a mulher. Politica. Religião. Jornalismo investigativo. Tecnologia digital.
O que define uma boa história para você? Seria um bom enredo? Uma história que seja instigante, curiosa, bem desenvolvida? Que faça você virar a noite lendo e esquecer do mundo lá fora? Seria os ótimos personagens? Aqueles que de tão bons e completos é difícil traçar seus perfis? Ou uma boa história seria aquela que desperta seus sentidos? Seus sensos morais e éticos? Seria aquela A melhor história... aquela que te faz pensar? Quebrar a cabeça e mergulhar junto? Bem... como leitora a perfeição é essa tão completa junção, essa tão completa mistura que te leva a não querer nem piscar para não perder nenhuma rica palavra!
A Garota na teia de Aranha é um livro ÓTIMO! Confesso que estava com medo. Estava com medo de inconscientemente comparar os livros de Stieg Larsson e David Lagercrantz, estava com medo de encontrar uma Lisbeth Salander e um Mikael Blomkvist mudados, estava com medo da perda da essência dos personagens. Para meu alivio, esses medos foram infundados! Encontrei uma tremenda história, com conteúdo, muita critica, uma riqueza imensa nos pequenos detalhes e encontrei também lá, meus queridos e admirados personagens.
''Lisbeth nossa grande ''mocinha'' protagonista não tem como não ser um grande e polêmico destaque, essa menina de 24 anos me tirou as palavras e o fôlego em diversos momentos da leitura, dizer que ela é uma personagem forte é até um pecado, essa mulher é um tremendo exército inteiro em seu um metro e meio de altura.''
Começamos toda a trama com Mikael e a revista Millennium novamente em crise, temos novos sócios na parada, lutamos contra a perda de valores e estilo da revista, Mikael tendo uma disputa com a nova era digital e o que é ''escrever de verdade'' atualmente.
Então, no começo desse inicio turbulento Mikael recebe um telefonema de um novo informante, um caso envolvendo a participação de uma hacker profissional. Ele acredita que pode ser Lisbeth, a garota a qual não vê a muito tempo. Onde estará Lisbeth? E qual a confusão que nossa vingadora se meteu agora?
''Mikael é tão gentil, sem palavras para descrever como gostei do seu modo cavaleiro de ser, de como ele foi um bom e digno representante masculino no meio de uma história tão pesada, é um homem encantador, na sua personalidade e principalmente na sua HONESTIDADE, acredito que foi isso que me conquistou e que vai conquistar qualquer leitor não importa qual seu sexo.''
Do outra lado da história conhecemos o caso do Professor famoso matemático Frans Balder. Ele que é pai - ausente - de um menino autista, ex marido da atriz Hanna Balder que se casou com o então violento e abusivo Lasse.
Frans volta para a vida do filho, após receber uma ''denuncia'' que o menino estaria apanhando em casa e que sua educação especial não estava acontecendo. Frans toma uma atitude e leva August para morar com ele, porém, Frans está correndo risco de vida, o professor sabe de coisas que não deveria saber e está correndo contra o tempo.
''Com a ajuda dos computadores, ela ultrapassou muros e barreiras que de outra forma teriam permanecidos intransportáveis e viveu momentos de liberdade.''
August é autista e é também o que chamam de savant, uma criança talentosa, um gênio brilhante. Ele não fala, mas se expressa por meio de seus desenhos que tem um realismo sem igual, principalmente para uma criança de oito anos. August acaba sendo a única testemunha de um assassinato. E ele com sua memoria fotográfica é o único que pode levar Mikael e Lisbeth a achar o culpado e desvendar essa teia de mentiras e corrupção.
Sou apaixonada por suspenses policiais, adoro essa agonia, esse suspense, esses sentimentos de curiosidade obscura que envolvem o gênero. Gostei muito da escrita do autor, achei até mesmo muito parecida com a de Stieg, porém, achei mais leve, talvez porque não teve tanto foco na violência em si contra a mulher como teve no primeiro livro da Millennium, talvez porque a história ficou bem focada no caso de Frans, não sei ao certo, mas esse volume foi mais rápido de se ler e mais leve, tão quanto é possível lendo o estilo.
Gostei de vários assuntos abordados, como o papel da NSA, os abusos de autoridade, o papel desse ''olho vigilante do mal'', o papel do hackers e a segurança digital. Mais para o fim do romance voltamos a focar nas histórias particulares dos protagonistas, várias surpresas para mim nessa área, ainda fazendo aquele paralelo com o poder, dinheiro e ambição.
Muitos personagens foram apresentados nessa história. Gostei também de saber mais sobre os autistas e as crianças savants, foi um belo diferencial. E claro que também esteve presente a violência de várias formas contra as mulheres.
O quarto volume da série Millennium foi uma teia de aranha com muitas pontas. Todas bem fechadas e alinhadas! Lisbeth e Mikael essa tremenda dupla, vieram para matar as saudades e mexer com os corações e emoções dos leitores.
Um suspense de tirar o fôlego de alta qualidade.
Indico para os fãs da série, os que amam o estilo, os que gostam de histórias fortes, bem traçadas e desenvolvidas e com personagens que são eternos!
''... Mikael sabia que, quando se vai a fundo em qualquer história, pode-se encontrar todo o tipo de conexões. A vida está sempre nos aproximando de conexões enganadoras. No entanto, em se tratando de Lisbeth Salander ele não acreditava muito em coincidências.''
Paula Juliana
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