Resenha: Há muito o que contar....aqui - A. L. Kennedy
Classificação: 4,5/5
Editora: Primavera Editorial
Skoob
Sinopse: Há muito o que contar....aqui - A. L. Kennedy
Há muito o que contar....aqui - A história de um homem que foi piloto de um bombardeiro da Força Aérea Britânica durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, em 1949, ele participa como figurante num filme em que revive sua experiência de prisioneiro de guerra. Ou seja, por meio da ficção (do filme), Alfred repensa sua realidade, o que acarreta uma auto investigação sobre o estrago psicológico que sofreu durante a batalha, por não conseguir se ajustar à perda dos companheiros de tripulação e à distância da mulher amada. Sua vida antes e depois da guerra é caracterizada pela influência do pai violento e da condição social de pertencer à classe operária. A autora usa três diferentes vozes de narradores como um artifício para forçar os leitores a se incluir na narrativa.
'' Você podia evitar algumas lembranças, se evadir delas, mas ainda assim elas o assombrariam.''
Liberdade!
A liberdade existe quando uma pessoas se encontra pressa dentro de si mesma? Há muito o que contar....aqui, realmente conta muito, conta sobre o auto conhecimento humano, conta sobre superação, conta sobre os horrores de um homem que sobreviveu a Segunda Guerra Mundial, um homem que sobreviveu ser prisioneiro de Guerra, e que depois teve que descobrir como VIVER novamente, como superar seus problemas, superar seus medos, e aceitar sua história!
''E o fato de ter de pensar, por si só, não ajudava em nada, mas mesmo assim você era obrigada a pensar o tempo todo.''
Alfred Day, mais conhecido como Chefe, mesmo nunca tendo sido Chefe de nada, é um cara aparentemente normal, não é nenhum bonitão, com sua baixa estatura, seus um metro e sessenta e dois, ele é calvo, um pouquinho avantajado na cintura e agora deixou seu bigode crescer!
''Qualquer um poderia te abandonar.''
É aviador da Força Aérea Britânica, ex-prisioneiro de guerra, mesmo com sua posição de ''artilheiro da torre de cauda'', isso é, o cara que fica atirando na casinha embaixo da cauda do avião, uma das posições mais perigosas de se ter na guerra, Alfred sobreviveu a Segunda Guerra Mundial, sobreviveu a ser prisioneiro naquela época negra, e mesmo comendo tudo que tem pela sua frente e dormindo muito mal todas as noites, ele está vivo. Não que ele realmente quisesse viver, agora quase seis anos depois da guerra ter acabado, Chefe está enfrentando seus demônios interiores, e por mais que pareça estranho, está participando como figurante de um filme sobre a Segunda Guerra e seus campos de prisioneiros.
O livro viaja entre o passado de Guerra do Chefe, suas experiências no campo de batalha, seus companheiros, seu capitão, e o presente, seu momento, seus sentimentos, emoções, e tudo que acontece quando ele revive certos fatos em meio a ficção do cinema.
''É isso mesmo. Eu fui um bom garoto. Eu matei, roubei e usei grandes palavras, mas nunca fumei e fui um bom garoto. Que rapaz bonzinho eu fui.''
Alfred achava que sabia das coisas, autodidata, estava acostumado a aprender sozinho em seus livros e achou que isso bastaria, quando partiu para a Guerra achou que estava preparado, mas a guerra pode mudar e mexer com a cabeça de um homem, dificilmente ele sai o mesmo que entrou, ser prisioneiro também não ajudou, ele agora quer se recuperar, quer sair do abismo, sentir novamente, se sentir vivo.
A autora conta a historia de Day com muita sensibilidade, estamos direto na cabeça desse homem, que viaja pelas suas lembranças e revive seus traumas, Chefe dividi com o leitor muito mais que sua história, ele dividi tudo que resta, tudo que tem e tudo que vai descobrir existir dentro de si novamente, mesmo que se encontre em um lugar um tanto inusitado!
'' Você tem sido e não tem sido. Você não faz e não fez.''
Há muito o que contar....aqui é um tremendo drama, uma ótima história para se ler com o coração aberto, aqui não vai se encontrar um romance avassalador, ou vilões e grandes mocinho, o próprio protagonista briga com esse bem e esse mau que existe dentro de si, tem que conviver com o que fez, com as mortes que causou. Indico A. L. Kennedy e sua gostosa escrita para os leitores que amam viajar pela Segunda Guerra mundial, e que gostam de desvendar a profundidade da alma de um personagem! Recomodadíssimo!
''O infinito aprecia as guerras, ele permite que elas surjam.''
Paula Juliana
Classificação: 4,5/5
Editora: Primavera Editorial
Skoob
Sinopse: Há muito o que contar....aqui - A. L. Kennedy
Há muito o que contar....aqui - A história de um homem que foi piloto de um bombardeiro da Força Aérea Britânica durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, em 1949, ele participa como figurante num filme em que revive sua experiência de prisioneiro de guerra. Ou seja, por meio da ficção (do filme), Alfred repensa sua realidade, o que acarreta uma auto investigação sobre o estrago psicológico que sofreu durante a batalha, por não conseguir se ajustar à perda dos companheiros de tripulação e à distância da mulher amada. Sua vida antes e depois da guerra é caracterizada pela influência do pai violento e da condição social de pertencer à classe operária. A autora usa três diferentes vozes de narradores como um artifício para forçar os leitores a se incluir na narrativa.
'' Você podia evitar algumas lembranças, se evadir delas, mas ainda assim elas o assombrariam.''
Liberdade!
A liberdade existe quando uma pessoas se encontra pressa dentro de si mesma? Há muito o que contar....aqui, realmente conta muito, conta sobre o auto conhecimento humano, conta sobre superação, conta sobre os horrores de um homem que sobreviveu a Segunda Guerra Mundial, um homem que sobreviveu ser prisioneiro de Guerra, e que depois teve que descobrir como VIVER novamente, como superar seus problemas, superar seus medos, e aceitar sua história!
''E o fato de ter de pensar, por si só, não ajudava em nada, mas mesmo assim você era obrigada a pensar o tempo todo.''
Alfred Day, mais conhecido como Chefe, mesmo nunca tendo sido Chefe de nada, é um cara aparentemente normal, não é nenhum bonitão, com sua baixa estatura, seus um metro e sessenta e dois, ele é calvo, um pouquinho avantajado na cintura e agora deixou seu bigode crescer!
''Qualquer um poderia te abandonar.''
É aviador da Força Aérea Britânica, ex-prisioneiro de guerra, mesmo com sua posição de ''artilheiro da torre de cauda'', isso é, o cara que fica atirando na casinha embaixo da cauda do avião, uma das posições mais perigosas de se ter na guerra, Alfred sobreviveu a Segunda Guerra Mundial, sobreviveu a ser prisioneiro naquela época negra, e mesmo comendo tudo que tem pela sua frente e dormindo muito mal todas as noites, ele está vivo. Não que ele realmente quisesse viver, agora quase seis anos depois da guerra ter acabado, Chefe está enfrentando seus demônios interiores, e por mais que pareça estranho, está participando como figurante de um filme sobre a Segunda Guerra e seus campos de prisioneiros.
O livro viaja entre o passado de Guerra do Chefe, suas experiências no campo de batalha, seus companheiros, seu capitão, e o presente, seu momento, seus sentimentos, emoções, e tudo que acontece quando ele revive certos fatos em meio a ficção do cinema.
''É isso mesmo. Eu fui um bom garoto. Eu matei, roubei e usei grandes palavras, mas nunca fumei e fui um bom garoto. Que rapaz bonzinho eu fui.''
Alfred achava que sabia das coisas, autodidata, estava acostumado a aprender sozinho em seus livros e achou que isso bastaria, quando partiu para a Guerra achou que estava preparado, mas a guerra pode mudar e mexer com a cabeça de um homem, dificilmente ele sai o mesmo que entrou, ser prisioneiro também não ajudou, ele agora quer se recuperar, quer sair do abismo, sentir novamente, se sentir vivo.
A autora conta a historia de Day com muita sensibilidade, estamos direto na cabeça desse homem, que viaja pelas suas lembranças e revive seus traumas, Chefe dividi com o leitor muito mais que sua história, ele dividi tudo que resta, tudo que tem e tudo que vai descobrir existir dentro de si novamente, mesmo que se encontre em um lugar um tanto inusitado!
'' Você tem sido e não tem sido. Você não faz e não fez.''
Há muito o que contar....aqui é um tremendo drama, uma ótima história para se ler com o coração aberto, aqui não vai se encontrar um romance avassalador, ou vilões e grandes mocinho, o próprio protagonista briga com esse bem e esse mau que existe dentro de si, tem que conviver com o que fez, com as mortes que causou. Indico A. L. Kennedy e sua gostosa escrita para os leitores que amam viajar pela Segunda Guerra mundial, e que gostam de desvendar a profundidade da alma de um personagem! Recomodadíssimo!
''O infinito aprecia as guerras, ele permite que elas surjam.''
Paula Juliana
Eu AMO livro de guerra .. sempre penso como seria se vivesse numa epoca tao conturbada assim
ResponderExcluirQuero muito ler !
Obg por passar no meu blog.. to te seguindo tá?
Beijos
http://blogestilocerto.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/blogestilocerto
Oi Bia! Obrigada vc, também adoro, ler!!! Hhahaha
ExcluirVou lá no seu tmbm! Beijão
Ainda não conhecia esse livro. Me interessei pois amo livros que tenham alguma coisa a ver com a Segunda guerra, um período tão sinistro da nossa história. Imagino como foi difícil para cada um continuar a viver. Por isso acho que lerei ele.
ResponderExcluirBlog Prefácio
Que bom Sil, o livro aborda muito esse lado psicológico das pessoas pós guerra! Beijos
ExcluirOlá ...
ResponderExcluirEu adoro ler livros que tem como cenário a segunda guerra mundial , todos que já li possuem história avassaladoras ...
Ainda não li o livro resenhado , mas , tenho a total certeza de que seve ler com o coração aberto , pois , todos os livros similares a esse que já li são assim .
Com certeza é uma ótima leitura , vou comprar assim que puder ;)
PS: Pelo pouco que pinto em telas , desconfio que você é bem capaz de fazer boas obras , viu ?! Quem sabe , você não tenta ...
http://coisasdediane.blogspot.com.br/
É bem assim Di, tem que ser lido com atenção também, para não perder nada! Obrigada amada!
Excluirhahaha Vc pinta? Que legal, ainda não tentei tela não, no papel já me dá medo de estragar tudo, imagina na tela, mas se tentar um dia te falo! ahahah
Beijão
ResponderExcluirOlá,
Gosto de ler esses livros com fatos históricos reais, mas, por algum motivo, esse simplesmente não chamou minha atenção. Mas gostei da resenha.
Beijos.
Memórias de Leitura - memorias-de-leitura.blogspot.com
Obrigada flor!
ExcluirOi Paula!
ResponderExcluirNão conhecia este livro e me interessei muito, parece ser bem forte e emocionante. Não costumo ler livros sobre as guerras, mas fiquei curiosa, principalmente por a autora nos apresentar a um personagem tão real. Adorei a resenha!
beijos ♥
nuclear--story.blogspot.com
Obrigada Daniela! Sim, os personagens são bem humanos mesmo, no sentido, frágil da palavra, vale ler! Beijos
ExcluirHuum, não meu gênero mais lido, mas acho bem interessante histórias assim. Na verdade eu devia ler mais livros nesse segmento...
ResponderExcluirBeijos!
O Outro Lado da Raposa
A gente acaba não lendo mesmo, por ser mais pesadinho, precisar de mais atenção, mas é uma leitura que vale seu tempo tenha certeza! Beijos
Excluirooi, tudo bem?
ResponderExcluirMe interesso bastante por livros que abordam este assunto. Este me chamou a atenção.
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BIO-LIVROS e PÁGINA
Que bom Dani! Beijos
ExcluirComo já conheço bem as publicações da Primavera, já esperava um excelente livro. Contudo, sua resenha me surpreendeu. O livro parece conter um enredo incrível, denso, repleto de drama. E para fechar, é sobre um período histórico que eu gosto muito de ler.
ResponderExcluirExcelente resenha.
Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de junho. Você escolhe o livro que quer ganhar!
Muito obrigada, sim, a primavera tem uma qualidade incrível nas suas obras e essa em particular é muito rica e profunda, espero que muitos leiam! Beijos
ExcluirNão conhecia essa autora, pelo post os livros devem ser bem legais. Vou procurar me informar mais.
ResponderExcluirResenha muito boa, parabéns!
Alessandro Bruno
www.rascunhocomcafe.com/2015/06/o-garoto-no-conves-uma-aventura-em-alto.html
Espero que sim Ale! Beijos
ExcluirEu não conhecia esse livro, mas depois dessa resenha fiquei super interessada em ler, principalmente na parte em que você diz que "o próprio protagonista briga com esse bem e esse mau que existe dentro de si", adoro essa esfera psicológica. Vou inserir na minha lista de leituras com certeza!
ResponderExcluirBeijos
www.gotinhasdeesperanca.com
Fico muito feliz Mi! Tem essa coisa bem psicológica no livro, o protagonista está se recuperando dos horrores da guerra e dos campos de prisioneiros de guerra, então imagina como não está sua cabeça! Beijos e obrigada!
ExcluirÉ a primeira vez que vejo uma resenha desse livro.
ResponderExcluirNão é exatamente o tipo de livro que gosto de ler, mas parece ser uma ótima leitura e que te faz refletir.
A sua resenha ficou ótima!
http://blogquerida.blogspot.com.br/
E é Larissa! Muito Obrigada!!!! Beijos
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