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CRÍTICA LITERÁRIA / Aos Dezessete Anos - Ava Dellaira

CRÍTICA LITERÁRIA / Aos Dezessete Anos - Ava Dellaira
 
Aos Dezessete Anos - Ava Dellaira

Editora: Seguinte

Em seu novo romance arrebatador, a autora de Cartas de amor aos mortos apresenta uma mãe e uma filha que precisam compreender o passado para poder seguir em frente.

Quando tinha dezessete anos, Marilyn viveu um amor intenso, mas acabou seguindo seu próprio caminho e criando uma filha sozinha. Angie, por sua vez, é mestiça e sempre quis saber mais sobre a família do pai e sua ascendência negra, mas tudo o que sua mãe contou foi que ele morreu num acidente de carro antes de ela nascer.
Quando Angie descobre indícios de que seu pai pode estar vivo, ela viaja para Los Angeles atrás de seu paradeiro, acompanhada de seu ex-namorado, Sam. Em sua busca, Angie vai descobrir mais sobre sua mãe, sobre o que aconteceu com seu pai e, principalmente, sobre si mesma.

Ficção / Jovem adulto / Literatura Estrangeira / Romance

CRÍTICA LITERÁRIA

Marilyn é uma jovem linda e inteligente, que vive para concretizar o sonho da mãe em ser rica, famosa, uma atriz de sucesso, para assim realizar os desejos da mãe em ter uma casa luxuosa, e tudo que o dinheiro pode lhes dar. Porém a única coisa que Marilyn quer é fugir daquela pressão absurda que a mãe exerce sobre ela, ir embora fazer sua faculdade e finalmente viver a sua vida, e não a que a mãe sonha para ela. E eis que surge em sua vida James, um rapaz encantador, um negro lindo e que tem sonhos parecidos com os de Marilyn, mesmo sabendo que as chances de realizá-los são mínimas. Os dois juntos vêem um futuro promissor pela frente, e lutam para realizar.

Angie é a filha de Marilyn, uma jovem negra que sente na pele o peso de uma sociedade racista e preconceituosa, que tem como único objetivo descobrir sobre seu passado, saber mais sobre seu pai, e sobre tudo que sua mãe nunca contou.

Esse foi o primeiro livro que li onde o racismo é um dos pontos centrais da trama, e é explorado de uma forma simples, porém real. E também de maneira simples a autora abre nossos olhos ao longo da narrativa para essa realidade bem cruel. Apesar de ser tão difícil aceitar a realidade que muitos de nós vivemos, tentando vencer driblando o preconceito e tudo mais de ruim que acontece em nossas vidas, o livro nos traz um amor tão pungente, tão velado em suas páginas que é impossível não se emocionar, não sonhar com um futuro melhor, mesmo que ele seja fugaz e às vezes quase impossível.

Ava Dellaria nos traz uma trama emocionante que deixa o leitor apaixonado e carente de suas palavras. O amor entre mãe e filha é um dos pontos mais tocantes de toda a narrativa, e como esse amor é explorado e descrito faz com que cada pedacinho da história se torne inesquecível. Eu realmente estou quase sem palavras para descrever o quanto amei esse livro, o quanto ele me fez bem, o quanto eu gostaria que todos lessem e o quanto fiquei impactada com tudo que acontece durante toda a narrativa.

Ava Dellaria acaba de entrar no rol das minhas autoras preferidas e já quero o seu primeiro livro “Cartas de amor aos mortos” para leitura imediata. Recomendo a leitura!!!

site: http://www.sempreromantica.com.br/2018/09/aos-dezessete-anos-ava-dellaira.html

Nunca pensei que sentiria o que senti com esse livro desde que li O Ódio Que Você Semeia, que também fala sobre racismo. A escrita de Ava Dellaira beira o melancolismo, e isso também ajuda a transmitir a injustiça por trás dos atos das pessoas. Além disso, de uma forma ou de outra, é um livro que fala sobre amor de um jeito muito simples, quando retrata o relacionamento entre Marilyn e James, bem como o relacionamento entre mãe e filha, que para mim é o maior e mais bonito amor que existe no Universo.

Eu amei a forma como Ava Dellaira conduziu Aos Dezessete Anos, amei de todas as formas possíveis. Me apaixonei pelos personagens, pelo romance entre James e Marilyn, pela determinação de Angie. Muitas coisas tristes acontecem aqui, coisas que eu nunca vou sentir na pele, mas que mexem muito comigo e me deixam mal — e que abalam qualquer pessoa que tenha o mínimo possível de empatia e amor no coração. É por isso que histórias assim devem ser contadas, é por isso que todo mundo tem que ler esse livro maravilhoso.

site: http://www.roendolivros.com.br

A narrativa em terceira pessoa se alterna entre mãe e filha, enquanto Angie conta sua busca pelo pai e por si mesma, Marilyn narra do passado, contando a história de seu primeiro amor. Assim vamos evoluindo na leitura esperando o momento para entender o que realmente aconteceu com James e como eles foram separados. E quando esse momento chega, é impossível não ficar em choque! Eu chorei muito!

Mas para quem conseguisse sobreviver, os ventos frios do leste logo se tornariam uma lembrança distante. Estaria em outro lugar, seria outra pessoa.
Ainda assim. O que a mente permite abandonar com o tempo, o corpo não esquece.

A escrita de Ava Dellaira é arrebatadora. Ela consegue ser poética e ir direto ao ponto ao mesmo tempo, por mais que isso parece contrastante. Seu texto traz muitas reflexões e metáforas sem ser arrastado, ou seja, eu devorei o livro! E quando terminou eu fiquei com aquela vontade de que tivesse mais páginas, para que não precisasse me despedir.

Enfim, eu amei! Um livro leve, intenso, poético e com cenas divertidas e de forte emoção, com certeza foi uma das melhores leituras do ano e que eu vou recomendar para todo mundo!

site: http://www.quemlesabeporque.com/2018/07/aos-dezessete-anos-ava-dellaira.html

Paula Juliana

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